quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Natal tem condições de sediar uma copa do mundo de futebol?

Responderei a essa questão tentando mostrar a diferença entre amor e paixão. Amor 1. Sentimento que leva desejar o bem de outrem. 2. Afeição profunda (por alguém ou algo) (...). 7. Zelo, cuidado1. Paixão 1. Sentimento intenso, que sobrepõem à razão. (...) 3. Obsessão (...)2.
Turisticamente, Natal tem uma ótima rede hoteleira, que a meu ver é o suficiente para abrigar os turistas durante o mundial de 2014, e com certeza será construído mais hotéis para poder suportar a demanda. Alem dos hotéis, Natal também tem uma ótima infra-estrutura de restaurantes...
Muito antes da noticia que Natal seria uma das sedes do mundial de 2014, víamos (e ainda vemos) um desprezo muito grande por parte dos governantes em relação à saúde, segurança; que é o básico para o bem está dos futuros visitantes, e principalmente da população local. Foi só sair a belíssima noticia que o governo local insinuou em abrir concursos para policia... outra coisa que mostra que os governantes estão tão obsessos é o fato de quererem demolir o Estádio João Machado, o popular Machadão e o centro administrativo do Estado, para a construção de um complexo especialmente para a Copa de 2014.
Onde está a afeição e principalmente o zelo por nossos pontos turísticos históricos?
Com tudo isso, deixo bem claro que não sou contra a realização da copa na nossa cidade, a meu ver, Natal tem sim condições de sediar uma copa do mundo de futebol. Esse evento tão grandioso trará muito beneficio à Cidade do sol, tais como emprego, prestigio, conhecimento, etc.
Mas é necessária a demolição do Machadão? Como fica a história do esporte local?
( 1 )Ximenes, Sérgio, 1945 – Mini dicionário ediouro da língua portuguesa – 2ª Ed. reform. – São Paulo: Ediouro 2000.
( 2 ) idem.
OBS: esse texto foi da disciplina prática de leitura e produção de texto.

Do sagrado ao profano

O texto a seguir foi um artigo feito no final do primeiro periodo (2010.1) da disciplina Introdução à sociologia, no qual a nota foi 8,5.
Irei falar sobre um tema não muito comentado pelos estudantes de ciências sociais – pelo menos, até onde eu saiba – mas antes irei falar sobre alguns conceitos relativos a alguns temas abordados em sala de aula, que mais me chamaram a atenção.
Primeiramente, falarei sobre a teoria construcionista crítica, termo pioneiramente utilizado pelos seguintes autores: Seymour Parpet e Kenneth Gergen. Sobre este assunto, compreendi que esta teoria faz com que o individuo critique as coisas, principalmente os fatos sociais, como a sociedade e o ser social, que são os nossos “objetos” de estudo e trabalho. Mas essa crítica dever ser de maneira pensante, subjetiva. E não somente no sentido negativo, mas sim no sentido avaliativo dos fatos sociais.
Mas o essa teoria mostra, é que tudo que acontece no mundo social, é construído (cultura, comportamento, educação, etc.), nada é “natural”. Segue abaixo algumas explicações técnicas.
(...) a concepção do contrucionismo de Gergen é bastante distinta do construcionismo crítico que praticado nas ciências humanas (...) o que hoje, torna-se possível nomear como sendo um construcionismo crítico existente, configura-se como uma síntese de pressupostos, descobertas e conclusões comuns aos estudos sobre indivíduos, cultura, e sociedade, realizados pela antropologia, sociologia e história, assim como também formulados por concepções filosóficas, teorias em lingüísticas, em psicologia, etc. (...) o construcionismo crítico é um pensamento radical. O mundo humano-social, em toda sua diversidade e em todos seus aspectos, é produto de construção humana, cultural e histórica (...) (SOUZA FILHO, Alípio)
Como se pode perceber, o construcionismo crítico mostra que tudo é criado, construído; até mesmo os nossos sentimentos, e o que eu darei mais ênfase é o preconceito.
Preconceito → 1, idéias preconcebidas, em geral sem fundamento. 2, intolerância a outras raças, religiões, etc. (XIMENES, Sérgio, 1954)
O titulo do meu trabalho refere-se ao mundo prostitucional. Não entra na minha cabeça a concepção das pessoas discriminarem a atividade realizada pelas prostitutas – mas prefiro chamá-las de profissionais do sexo – não sei por que tanta banalidade em relação a uma atividade tão normal. As pessoas discriminam mas, com toda certeza, a grande maioria, quem sabe todas elas, não têm a mínima idéia de que esta atividade já foi considerada sagrada; e infelizmente hoje é tida como algo anormal, anormal é a pessoa que pensa dessa forma. Onde está o problema em uma pessoa sobreviver através de relação sexual com vários “parceiros”?
Citarei agora um pequeno contexto histórico da prostituição.
A prostituição já foi uma ocupação respeitada e associada a poderes sagrados. Mas, com o surgimento da sociedade patriarcal, a independência sexual e econômica das mulheres restringiu-se e as meretrizes passaram a ser mal-vistas. A prostituição é conhecida como a profissão mais antiga do mundo. O lado desconhecido dessa história é que a imagem a respeito delas nem sempre foi a que temos atualmente. As meretrizes já foram admiradas pela inteligência e cultura, e também já foram associadas a deusas - manter relações sexuais com elas era necessário para conseguir poder e respeito. As "mulheres da vida" sempre tiveram um lugar na História, mas, ao longo dos anos, seu status passou de respeitável à condenável.No período da pré-história, a mulher era associada à Grande Deusa, criadora da força da vida, e estava no centro das atividades sociais. (...) Foi nesse momento da história humana, em torno do segundo milênio a.C., que a instituição da prostituição sagrada tornou-se visível e foi registrada pela primeira vez na escrita (...) Na Grécia antiga, as mulheres viviam em um confinamento físico e mental. Mas aquelas que se tornavam meretrizes desfrutavam de liberdade sexual e econômica. O diálogo a seguir mostra que a prostituição era vista como uma maneira de conquistar a independência:
CROBIL: Tudo o que você tem de fazer é sair com os rapazes, beber com eles e dormir com eles por dinheiro.
CORINA: Do jeito que faz Lira, filha de Dafne!
CROBIL: Exatamente!
CORINA: Mas ela é uma prostituta!
CROBIL: Bem, e isso é uma coisa assim tão terrível? Significa que você será rica como ela é, e terá muitos amantes. Por que você está chorando, Corina? Não vê quantos homens vão atrás das prostitutas, e mesmo assim há tantas delas? E como elas ficam ricas! Olhe, eu posso me lembrar de quando Dafne estava na penúria. Agora, olhe a sua classe! Ela tem montes de ouro, roupas maravilhosas e quatro criados. (PEREIRA, Patrícia)
Com este pequeno fragmento, podemos ver que a prostituição não deveria ser algo tão banal como muita gente classifica. A meu ver a prostituição é e deve ser vista como uma profissão; e quem sabe voltar a ser vista como sagrada novamente.
São Tomás de Aquino chegou a defender a existência da prostituição, argumentando ser esse um mal necessário.
Será que devemos pensar assim ainda nos dias de hoje?
Penso que não!

Palavras iniciais

Caros amigos, criei este blog para dividir com vocês o que eu apreder no meu curso de ciências sociais (bacharelado), o que foi discutido em sala de aula, publicação de meus textos e artigos e para praticar a escrita. Espero que vocês gostem.
Critiquem, sugiram, opinem, contribuam, etc.